Na tarde desta quarta-feira (25), cerca de cem funcionários da Goretti Irmãos Ltda (Gil) realizaram um protesto na garagem da empresa, no bairro Vitorino Braga, na Zona Sudeste de Juiz de Fora. A Polícia Militar foi acionada para intervir e apaziguar a situação. Conforme o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro), Claudinei Janeiro, os rodoviários tomaram conhecimento de que a empresa iria decretar falência e deram início à mobilização. A RCWTV tentou contato com representantes da Gil para obter um posicionamento, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. u2h30
“Na verdade, existe uma parte da diretoria que deseja decretar a falência e outra que quer ficar com a empresa ainda em operação. Estamos acompanhando a situação para assegurar os direitos dos trabalhadores. Não foi certo a empresa chamar a polícia quando os motoristas e cobradores começaram a chegar”, avaliou Claudinei. Segundo ele, os advogados da Gil orientaram que os rodoviários deixassem a garagem e fossem para casa.
O vice-presidente do Sinttro informou também que os ônibus da empresa circularam nesta terça-feira (24) com cerca de oito coletivos. O total de carros que estará em circulação nesta quinta-feira (26), no entanto, não está definido.
Ainda conforme Claudinei, nesta quinta-feira (26), às 10h, acontecerá uma reunião entre os gestores da empresa com o objetivo de definir a situação da Gil. “Há três meses os funcionários da garagem, manutenção e outros setores internos estão com os salários e benefícios em atraso”, lembrou o vice-presidente, acrescentando que os vencimentos dos motoristas e cobradores, os únicos que estavam em dia, voltaram a ficar em atraso neste mês.
Vale lembrar que, em decorrência da grave crise financeira, dezesseis ônibus da Gil foram guinchados na garagem da empresa na quinta-feira (12) e na sexta-feira (13), em atendimento ao mandado de busca e apreensão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A ação foi resultado de um recurso impetrado pelo Banco Volkswagen devido aos constantes atrasos no pagamento do financiamento dos coletivos.