O Circuito Mineiro da Cafeicultura 2025, maior rota turística e econômica dedicada ao café no Brasil, inicia suas atividades nesta quinta-feira 02/04, em uma cerimônia de abertura em Três Pontas, sul de Minas Gerais. O evento, que se estenderá até agosto, percorrerá 15 municípios produtores, integrando feiras técnicas, degustações, workshops e experiências culturais. A expectativa dos organizadores é atrair 120 mil visitantes, com impacto econômico estimado em R$ 80 milhões para a região.
Nesta 12ª edição, o circuito mantém seu eixo principal nas regiões Sul de Minas, Matas de Minas e Cerrado Mineiro, polos responsáveis por 70% da produção nacional de café arábica. Entre as novidades estão:
-Feira de Tecnologia Agrícola Sustentável: Espaço dedicado a soluções de baixo carbono para cafeicultura, com participação de startups e instituições como a Embrapa.
- Rota da Alta Gastronomia: Chefes renomados, como Rodrigo Oliveira (Mocotó/SP), apresentarão menus exclusivos com café em ingredientes salgados.
- Programação "Café e Juventude": Oficinas para engajar jovens produtores em gestão 4.0 e certificações internacionais.
Segundo a Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), o circuito gerou R$ 62 milhões em 2023, com 40% dos negócios fechados durante o evento sendo exportações. Para 2025, a meta é ampliar a participação de compradores asiáticos, mercado que cresceu 210% para o café mineiro desde 2020.
O circuito inclui roteiros como a "Estrada Real do Café", com visitas a fazendas históricas do século XIX, e o festival "Jazz na Lavoura", que este ano terá shows de Maria Rita e Orquestra Ouro Preto. Pacotes turísticos variam de R$ 1,2 mil (3 dias) a R$ 5,9 mil (experiência com colheita manual).
Em coletiva, o secretário estadual de Agricultura, João Pedro Dias, destacou o caráter estratégico: "Minas exportou US$ 8,3 bilhões em café em 2024. Este evento é nossa vitrine para consolidar o *terroir* mineiro como marca global". Já o Ministério do Turismo confirmou ree de R$ 3,7 milhões para infraestrutura hoteleira nos municípios participantes.
Ambientalistas criticam a expansão de plantios em áreas de recarga do aquífero Urucuia (Noroeste de Minas). Em resposta, a organização anunciou que 20% da bilheteria será destinada a projetos de reflorestamento.
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