Entre os dias 11 e 14 de setembro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) será palco da sétima edição do Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental. Organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), o evento traz à cidade um debate amplo sobre políticas públicas, inclusão social e reforma psiquiátrica, com programação aberta à comunidade e inscrições já disponíveis no site direitoshumanos2025.abrasme.org.br.
Esta é a primeira vez que o fórum ocorre em Minas Gerais. O estado, segundo a Abrasme, tem importância estratégica no cenário da saúde mental brasileira, tanto por seu histórico de movimentos sociais como pela presença de marcos simbólicos, como a antiga colônia de Barbacena — local onde foi registrado o maior genocídio de pessoas com sofrimento mental no país, com cerca de 60 mil mortes.
A programação prevê atividades distribuídas por diversos espaços da UFJF, incluindo o Instituto de Ciências Humanas, as faculdades de Direito e Serviço Social, o Centro de Ciências e a Praça Cívica. A conferência de abertura será realizada no Cine-Theatro Central e contará com a participação do advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, reconhecido por sua atuação em direitos humanos.
Com o tema “Direitos Humanos e Luta Antimanicomial: Construindo uma Alternativa Popular para o Brasil”, o fórum vai reunir entre 1.500 e 2.000 participantes, entre pesquisadores, profissionais de saúde, usuários dos serviços de saúde mental e representantes de movimentos sociais. A expectativa é criar um espaço de troca de experiências, saberes e práticas que alimentem o processo contínuo de construção da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
As inscrições de monitores, voltadas a estudantes de graduação e pós-graduação, estão abertas até 13 de junho. Os selecionados atuarão nas atividades do evento e terão isenção da taxa de inscrição. Já o prazo para submissão de trabalhos vai até 6 de julho.
Segundo o vice-reitor da UFJF, Telmo Ronzani, pesquisador na área de psicologia, o fórum representa uma oportunidade de aprofundamento técnico e político sobre um tema urgente: “Trata-se de reconhecer e debater os direitos de pessoas que historicamente foram marginalizadas. O encontro promove uma integração importante entre academia, serviços de saúde e sociedade civil”.
Além das mesas-redondas, palestras e debates públicos, o evento incluirá apresentações culturais e atividades de formação. A programação completa estará disponível em breve no site oficial.