O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teve uma leve queda de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2020, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (1º). Em relação ao mesmo período do ano ado, a alta foi de 12,4%. O resultado fica pouco abaixo da previsão do mercado, cuja mediana das expectativas apontava para alta de 0,2% na comparação trimestral e de 12,7%, na anual.
O resultado reflete meses em que a vacinação contra a Covid-19 no país ainda se arrastava a os lentos e que as cidades apenas começavam a reabrir as atividades. Para economistas ouvidos pela CNN, o "pibinho" trimestral não muda as expectativas para um segundo semestre que deve ser forte, mas o resultado sinaliza uma piora na expectativa para o período seguinte, com redução das projeções para 2022.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que o Brasil vai crescer no ano que vem, mas que o tamanho do crescimento depende de reformas e de investimentos do setor privado. "A pergunta não é se o Brasil vai crescer ano que vem. Vai crescer. A pergunta é quanto e isso depende do andamento das reformas, se vai ser 2%, 3%, 4%. Isso depende de nós", afirmou Guedes.
Em entrevista à CNN, o assessor econômico da Fecomercio de São Paulo, Guilherme Dietze, alertou para o impacto da redução dos investimentos no resultado do PIB. "Chama a atenção uma queda de 3,6% na formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos. Houve freio nos investimentos, e isso é muito ruim, porque investimento pensa no longo prazo", comentou Dietze.