Minas Gerais alcançou um marco histórico na defesa sanitária animal: foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A decisão foi anunciada durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, realizada em Paris, com a participação de representantes de 183 países.
O novo status coloca Minas entre os principais protagonistas do cenário agropecuário global. A conquista foi resultado de décadas de trabalho conjunto entre o setor público, privado, produtores e entidades representativas. A certificação internacional fortalece a posição do estado no comércio internacional de produtos de origem animal, especialmente carne bovina.
Representando o Governo de Minas na cerimônia, estiveram presentes o diretor técnico do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), André Duch, e o coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), Natanael Lamas. O IMA, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o órgão responsável pela defesa agropecuária e teve papel central na obtenção do reconhecimento.
De acordo com o secretário Thales Fernandes, o agronegócio mineiro demonstrou grande força em 2024. Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações do setor superaram as da mineração, totalizando US$ 6,5 bilhões. Para ele, o novo status sanitário amplia ainda mais as possibilidades econômicas e reafirma a competência do serviço veterinário mineiro.
Segundo André Duch, a decisão da OMSA representa a consolidação dos esforços que, ao longo de décadas, envolveram planejamento e rigor na vigilância sanitária. Ele destaca que, além da certificação internacional, Minas já havia sido declarado livre da doença sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no início de 2024.
O impacto do reconhecimento vai além da produção rural. Com o novo status, o estado poderá ar mercados mais exigentes, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia. Isso representa mais oportunidades de exportação, aumento do valor agregado dos produtos mineiros e maior competitividade no cenário global.
Além do crescimento econômico, a medida também reforça a segurança alimentar. Para o consumidor, é uma garantia de que os produtos de origem animal produzidos em Minas seguem rigorosos padrões de sanidade, o que fortalece a confiança na produção local e projeta o estado como referência nacional e internacional na qualidade dos alimentos.
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