Histórias que moldam a identidade de Juiz de Fora seguem sendo resgatadas por meio de pesquisas que unem memória, audiovisual e jornalismo. A professora Christina Musse, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), compartilha essas iniciativas no episódio mais recente do programa IdPesquisa, já disponível nas plataformas digitais da instituição.
À frente do grupo de pesquisa Comcime (Comunicação, Cidade, Memória e Cultura), criado em 2013, Christina conduz projetos que abordam desde a memória dos antigos cinemas de rua da cidade até o papel da imprensa local na construção histórica e cultural do município. O canal “Cinemas de Rua de Juiz de Fora”, no YouTube, é uma das principais frentes do grupo. Lá, o público encontra episódios sobre os espaços de exibição que marcaram época, acompanhados de vídeos, imagens, mapas e depoimentos.
A série é resultado do projeto “Cidade e Memória: a construção da identidade urbana pela narrativa audiovisual”, premiado em 2016 na área de Ciências Sociais Aplicadas durante a Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFJF. A proposta nasceu do desejo de aprofundar o estudo da presença audiovisual na cidade, indo além das abordagens tradicionais de telejornalismo.
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Um dos pontos centrais da pesquisa é o registro de relatos orais de pessoas que viveram o cotidiano desses espaços. “Esses cinemas foram apagados fisicamente, mas suas histórias ainda vivem nas memórias de quem os frequentou. Resgatar isso é resgatar parte da cidade”, afirma Christina. As mudanças na forma de exibir filmes — com o fechamento dos cinemas de rua e a abertura de salas em shoppings — tornam o projeto ainda mais relevante, ao lançar luz sobre espaços culturais que deixaram de existir.
O projeto também envolve estudantes. A bolsista Sophia Bispo participa ativamente das etapas de produção da websérie, desde as entrevistas até a edição. Ela destaca a importância de levar o conteúdo para as escolas, oferecendo às crianças a chance de conhecer um capítulo da história local muitas vezes desconhecido por elas.
Outra frente de atuação do Comcime é o site “Memórias da Imprensa em Juiz de Fora”, que reúne exemplares, sinopses e entrevistas com profissionais da comunicação da cidade. A pesquisa foi feita em acervos como o da Biblioteca Municipal Murilo Mendes e o Arquivo da UFJF, além de coleções pessoais de jornalistas. O objetivo é preservar e divulgar a trajetória da imprensa local.
No episódio do IdPesquisa, Christina também apresenta o projeto “Jornalismo de Subjetividade”, que analisa como crianças em zonas de conflito são retratadas pelo telejornalismo, com foco especial na cobertura da guerra da Ucrânia feita pelo Jornal Nacional. A pesquisa observa o papel das escolhas editoriais na construção de representações midiáticas e reflete sobre a ética na abordagem de temas sensíveis.
A estudante Ana Lua Bacelar integrou esse projeto e estudou a cobertura de conflitos como a guerra entre Israel e Hamas e a crise humanitária envolvendo os Yanomami. A experiência rendeu artigos, apresentações em congressos e direcionou sua pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso, que trata justamente do jornalismo de subjetividade.
Os trabalhos do grupo são divulgados por meio de blogs, canais digitais e redes sociais, aproximando a universidade da comunidade e incentivando o debate público. As iniciativas mostram que, mais do que um exercício acadêmico, o resgate da memória é uma forma de compreender a cidade e formar comunicadores mais atentos ao seu papel histórico.
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