Na manhã desta quinta-feira, o Governo de Minas Gerais finalmente regulamentou a identidade e qualidade para a produção do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural, uma medida esperada pelos produtores há muito tempo. O anúncio foi feito pelo vice-governador, Professor Mateus, durante a abertura do sexto Festival do Queijo Artesanal de Minas Gerais, realizado no Expominas, em Belo Horizonte.
A portaria, publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) na terça-feira anterior, estabelece diretrizes claras para a elaboração do queijo, garantindo que os produtores sigam rigorosas normas de segurança sanitária. Essas orientações são essenciais não apenas para a qualidade do produto, mas também para permitir que os produtores em novos mercados, incluindo o mercado internacional.
O vice-governador enfatizou que a certificação não só assegura a segurança sanitária, mas também posiciona os queijos de Minas em condição de competir internacionalmente com os melhores queijos maturados do mundo. Além disso, ele anunciou planos para buscar o reconhecimento do Queijo Minas como Patrimônio Imaterial da Humanidade junto à Unesco, um o que poderia abrir portas para um mercado global sem precedentes.
O processo de regulamentação foi cuidadosamente conduzido com base em pesquisas realizadas por universidades parceiras da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), como a UFMG, Ufla e o Ital de Campinas. Essas pesquisas foram cruciais para estabelecer normas relacionadas a análises laboratoriais, fluxo de produção, condições de temperatura e umidade, bem como o tempo mínimo de maturação, fundamentais para a obtenção do selo de habilitação sanitária junto ao IMA.
A iniciativa é vista como um marco para o estado, que priorizou a preservação do fungo natural encontrado nos terroirs de Minas Gerais, essencial para conferir o sabor característico ao Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural. Esta abordagem difere de outros estados que optaram por normatizar o uso de fungos industriais, destacando a singularidade e qualidade do produto local.
A regulamentação também recebeu apoio da comunidade produtiva, incluindo a Faemg e a câmara técnica, garantindo que os normativos criados não criem barreiras para o crescimento do setor. O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, sublinhou a importância econômica da medida, prevendo um impulso significativo para o setor ao permitir a comercialização ampliada do Queijo Minas Artesanal em todo o Brasil.
Em suma, a regulamentação do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural representa não apenas um avanço regulatório crucial para os produtores e consumidores, mas também um reconhecimento da riqueza cultural e gastronômica de Minas Gerais, pavimentando o caminho para um reconhecimento global sem precedentes.
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