A construção de ambientes escolares mais pacíficos e inclusivos ganhou reforço com a atuação do projeto Guardas no Apoio e Prevenção nas Escolas (Gape) junto aos pais de alunos do projeto Criar, do Serviço Social do Comércio (Sesc). Durante um encontro realizado nesta semana, os responsáveis participaram de uma aula especial com orientações sobre bullying, racismo e a importância da cultura de paz tanto no ambiente escolar quanto no familiar.
O momento marca a ampliação das ações do Gape, que desde fevereiro desenvolve atividades preventivas com os estudantes e, agora, estende a abordagem aos responsáveis. A proposta é envolver a comunidade escolar como um todo na promoção de um ambiente seguro, respeitoso e consciente.
Durante a atividade, foram apresentados conceitos fundamentais para o convívio coletivo, como o de cultura de paz. A assessora da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), Janaína Sara Lawall, destacou que a cultura de paz está diretamente relacionada à resolução não violenta de conflitos e à defesa dos direitos humanos. “É uma construção que precisa do envolvimento de todos para gerar transformações sociais duradouras”, explicou.
A abordagem também incluiu reflexões sobre como as relações estabelecidas no ambiente familiar impactam o comportamento das crianças e adolescentes na escola. Um dos pontos levantados foi a necessidade de um esforço conjunto entre famílias e educadores para promover o bem-estar e o desenvolvimento integral dos estudantes.
Outro tema central foi o combate ao bullying e ao cyberbullying. Os participantes receberam informações sobre a definição dessas práticas, suas motivações e consequências legais. A Lei 14.811, sancionada em janeiro de 2024, tornou o bullying um crime, com penalidades que podem incluir pagamento de multa ou até reclusão, especialmente em casos de ofensas realizadas em meios digitais.
O encontro também trouxe à tona a importância da educação antirracista como ferramenta essencial para combater preconceitos e violências dentro e fora da escola. O racismo foi apresentado não só como crime, mas também como uma das principais causas de conflitos escolares, exigindo ações educativas contínuas.
Além das atividades com os estudantes e agora com os pais, o projeto Gape planeja, para as próximas etapas, um trabalho direto com a equipe pedagógica do Sesc. A proposta é criar uma rede de proteção que envolva todos os atores do ambiente escolar, fortalecendo o compromisso com o respeito e a cidadania
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