A Polícia Federal (PF) realizou buscas, na tarde desta quinta-feira (12), no birô central de campanha da Delegada Sheila (PSL), no Calçadão da Rua Halfeld, em Juiz de Fora, para apurar uma denúncia anônima de distribuição irregular de máscaras. A RCWTV teve o ao mandado expedido pelo juiz Marcelo Cavalcanti Piragibe Magalhães, da 152ª Zona Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). No documento é determinada a busca e apreensão – em desfavor do candidato a vereador Alisson Prado – de todo material destinado à propaganda eleitoral.
A PF, em apoio à Justiça Eleitoral, também procedeu com as diligências no comitê do candidato a vereador, no bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste, e, posteriormente, também realizou buscas em um veículo dele.
Conforme o relatório de busca e apreensão da PF, não foi encontrado nenhum material de campanha vinculado ao candidato nas dependências do comitê da Delegada Sheila. Em nota à imprensa, a assessoria da candidata a prefeita reiterou que a mesma não é alvo do mandado expedido pelo TRE. Portanto, a PF compareceu ao seu birô porque o mesmo faz parte da coligação cujo candidato a vereador era alvo da busca e apreensão. “Esclarecemos ainda que em nenhum momento da campanha a candidata distribuiu gratuitamente qualquer material proibido, como máscaras de proteção, e rejeita toda prática dessa natureza”, destaca trecho da nota.
Em entrevista à RCWTV, Alisson Prado disse que a denúncia refere-se, especificamente, a 30 máscaras que foram confeccionadas para seus apoiadores que atuam na campanha como voluntários. “Ao todo, já tinham sido distribuídas 18 máscaras. A Polícia Federal apreendeu as outras 12. Eu mostrei a nota fiscal para eles, mas me orientaram a apresentar esse documento no decorrer do processo, junto ao meu advogado”, explicou Prado, atribuindo à denúncia a uma “atitude clara de perseguição a um trabalho que estava sendo feito de forma honesta".
Em seu perfil no Instagram, Sheila disse que, conforme a denúncia, um candidato a vereador estaria distribuindo máscaras como brinde, o que é proibido pela legislação eleitoral. “Reitero que nossa equipe contratada recebe, além de uma camisa, uma máscara de proteção. Isso é normal e permitido pela legislação eleitoral. Todos esses itens serão recolhidos ao final da campanha, conforme exige a lei”, acrescentou.
O presidente estadual do PSL, Charlles Evangelista, em vídeo encaminhado à RCWTV, disse que o partido sempre trabalhou dentro da legalidade. “A nossa campanha fornece máscaras para todos os colaboradores. Está na lei. Não tem problema nenhum. Fizeram a busca e apreensão [no birô de campanha da Delegada Sheila] e não encontraram nada”, destacou Evangelista, acrescentando que lhe causou estranheza esse tipo de denúncia na reta final da campanha eleitoral.
O parlamentar também elogiou a atuação da Polícia Federal durante as eleições. “Eu defendo essa instituição no Congresso Nacional por tudo o que ela fez e faz pelo nosso país. Tenho certeza que também irão atuar em várias outras frentes, combatendo o caixa dois, a distribuição de brindes, a boca de urna, entre outras ilegalidades”, concluiu.