A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) encerrou nesta semana as investigações de um elaborado esquema de estelionato afetivo que tinha como uma de suas bases a cidade de Barbacena, na Região Central do estado. Os suspeitos, que já estão sob custódia, são acusados de aplicar golpes emocionais e financeiros em vítimas de diversos estados, incluindo Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
De acordo com as autoridades, o grupo agia por meio de aplicativos de relacionamento e redes sociais, criando perfis falsos para se aproximar de vítimas solitárias. Após estabelecerem laços emocionais, os criminosos avam a solicitar valores em dinheiro sob falsos pretextos, como emergências médicas, dívidas ou investimentos.
"Eles eram especialistas em manipulação psicológica, explorando a vulnerabilidade das vítimas, que muitas vezes demoravam a perceber que estavam sendo enganadas", explicou o delegado responsável pelo caso.
A investigação, que durou mais de seis meses, contou com a colaboração de polícias civis de outros estados, já que os criminosos operavam em diferentes regiões do país. Segundo a PCMG, foram identificadas dezenas de vítimas, com prejuízos que ultraam R$ 500 mil.
Dois dos principais suspeitos foram presos em flagrante durante uma tentativa de saque em um banco de Barbacena. Eles já possuem agens pela polícia por crimes similares e agora respondem por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A polícia reforça a importância de desconfiar de propostas muito vantajosas ou pedidos de dinheiro em relacionamentos iniciados virtualmente. "Muitas vítimas têm vergonha de denunciar, mas é fundamental registrar ocorrências para que possamos desarticular essas redes", destacou o delegado.
As autoridades também investigam se o grupo possuía cumplicidade em instituições financeiras, uma vez que parte dos valores foi movimentada por laranjas.
Os investigados já foram denunciados pelo Ministério Público e aguardam julgamento. Enquanto isso, a PCMG segue com operações para identificar outros possíveis envolvidos.
Este caso reforça a necessidade de maior fiscalização em plataformas digitais e campanhas de conscientização para evitar que mais pessoas caiam em golpes afetivos, uma modalidade de crime que vem crescendo no Brasil.
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