Em missão oficial realizada nesta quarta-feira (28/5), representantes do Governo de Minas Gerais se tornaram a primeira delegação brasileira recebida pelo atual Poder Executivo de El Salvador. O grupo esteve no país da América Central para conhecer de perto as estratégias de segurança pública que fizeram com que El Salvador deixasse de ser um dos países mais violentos do mundo para alcançar o menor índice de homicídios da América Latina.
A comitiva foi formada pelo governador Romeu Zema; pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco; pelo secretário de Comunicação Social, Bernardo Santos; e pelo superintendente de relações nacionais e internacionais da Casa Civil, Igor Tameirão. Eles se reuniram com o vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, e participaram de agendas com outras autoridades locais.
Durante os encontros, os representantes mineiros puderam entender as etapas do plano de segurança implantado nos últimos anos. Entre as ações estão a recuperação de áreas controladas por facções, a presença mais efetiva da polícia em comunidades vulneráveis, a criação de centros comunitários com bibliotecas e espaços de lazer, além da modernização das forças de segurança.
Outro ponto central foi a mudança no enquadramento legal dos crimes. No país, gangues aram a ser tratadas como organizações terroristas, o que permitiu a aplicação de penas mais rigorosas para membros envolvidos em atividades criminosas. Segundo Ulloa, essa medida foi decisiva para o avanço do combate à violência. “Os criminosos impunham medo. Em muitas regiões, eles tiravam famílias de suas casas. Hoje, já conseguimos recuperar 3,5 mil residências apenas em uma dessas áreas”, destacou o vice-presidente.
A corrupção, apontada como um dos principais fatores que alimentavam a criminalidade no país, também foi alvo de mudanças. Atualmente, esse tipo de crime não prescreve em El Salvador, o que fortalece as ações de controle e fiscalização do poder público.
A comitiva mineira também visitou a Assembleia Legislativa e se reuniu com o presidente da Casa, Ernesto Castro. O grupo ouviu relatos sobre o papel do Legislativo no apoio às mudanças estruturais, com a aprovação de novas leis e o alinhamento político necessário para consolidar o plano nacional de segurança.
No período da manhã, o governador Romeu Zema e o secretário Bernardo Santos participaram de uma conversa com Porfirio Chica, assessor da Presidência salvadorenha. O tema da reunião foi comunicação institucional e o papel das estratégias de informação no engajamento da sociedade.
As práticas salvadorenhas relacionadas ao sistema prisional chamaram atenção por terem semelhanças com as medidas já aplicadas em Minas Gerais. Nos dois locais, o trabalho realizado por presos comuns é uma forma de reduzir a pena. Enquanto em El Salvador um dia de trabalho equivale à redução de um dia da sentença, em Minas Gerais, a cada três dias trabalhados, um dia é descontado.
Minas também se destaca pela parceria com o setor privado. Atualmente, 640 empresas atuam junto ao sistema prisional do estado, garantindo ocupação para presos em diferentes frentes. O pagamento pelo trabalho é dividido: metade vai para a família e uso pessoal do detento; 25% são guardados para quando ele conquistar a liberdade; e o restante é destinado ao ressarcimento do Estado.
Para o secretário Rogério Greco, a visita reforça que o caminho adotado em Minas segue alinhado com boas práticas reconhecidas internacionalmente. “Foi importante ver que soluções semelhantes estão dando certo em países que enfrentaram cenários extremos. Isso fortalece o que já estamos construindo”, afirmou.
Desde 2019, Minas Gerais tem ampliado os investimentos em segurança pública. O aumento foi de 60%, permitindo a contratação de mais profissionais, compra de equipamentos, reformas em unidades e implementação de programas inovadores. O estado fechou 2023 como o segundo do Brasil com maior sensação de segurança, segundo pesquisa da Sejusp, com 87% da população se dizendo segura no local onde mora.
Os números refletem esse esforço. Em 2018, o estado registrou mais de 95 mil ocorrências de crimes violentos. Em 2023, esse número caiu para pouco mais de 32 mil. Os homicídios consumados também reduziram: aram de 2.948 para 2.637 no mesmo período.
A missão internacional reforça o compromisso do Governo de Minas em buscar soluções, dentro e fora do país, que contribuam para melhorar a segurança e qualidade de vida da população. A troca de experiências com El Salvador mostrou que, mesmo em cenários desafiadores, mudanças estruturais podem trazer resultados concretos.
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