A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) realizou, no último sábado (19), a segunda etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica Animal na zona urbana, vacinando 4.713 animais, dos quais 3.524 eram cães e 1.189, gatos. Na primeira etapa, ocorrida em 14 de outubro, 35.017 animais já haviam sido vacinados, incluindo 28.699 cães e 6.318 gatos.
Com essas ações, o município soma mais de 39 mil imunizações contra a raiva, uma doença viral grave e fatal que afeta mamíferos e pode ser transmitida aos humanos. A campanha, essencial para a saúde pública, continuará durante as feiras de adoção responsável promovidas pelo Canil Municipal. A próxima edição está marcada para o dia 9 de novembro no Parque Halfeld, oferecendo mais uma oportunidade para quem perdeu as etapas anteriores de vacinação.
Situação epidemiológica e desafios na zona rural
Desde 1998, Juiz de Fora não registra casos de raiva em cães e gatos, fato atribuído às campanhas regulares de vacinação promovidas pela PJF. No entanto, a zona rural do município enfrenta um desafio contínuo com a circulação do vírus em bovinos e equinos, principalmente por meio de morcegos hematófagos. O médico veterinário e coordenador da campanha, José Geraldo de Castro Júnior, alerta que, apesar dos esforços, muitos proprietários de animais de grande porte ainda não vacinam seus rebanhos, o que aumenta o risco de contágio.
“A vacinação é crucial para manter o controle da doença, e a resistência à vacinação de bovinos e equinos em algumas áreas da zona rural compromete a proteção desses animais e, por consequência, dos humanos”, explica José Geraldo.
Importância da prevenção e tratamento
A raiva é uma zoonose que pode ser transmitida ao homem por mamíferos, como cães, gatos, morcegos e até mesmo equinos e bovinos. A transmissão ocorre através de mordidas, arranhões ou lambeduras de mucosas de animais infectados. Em Juiz de Fora, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) é referência no tratamento de casos de mordidas ou arranhões de animais possivelmente contaminados. O serviço de soroterapia do HPS avalia a necessidade de aplicação de vacina ou soro antirrábico, garantindo uma resposta rápida para a prevenção da doença em humanos.
A vacinação contínua de animais domésticos, aliada ao tratamento imediato de possíveis exposições, continua sendo a melhor estratégia para manter Juiz de Fora livre da raiva em cães e gatos e para mitigar riscos em áreas rurais.
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