A Polícia Civil de Juiz de Fora concluiu que Elvis Cleiton da Silva Batista, de 38 anos, foi brutalmente agredido e morto por uma multidão no dia 10 de janeiro, no Bairro Santa Cecília, após ser falsamente acusado de estuprar uma criança. A investigação descartou qualquer crime sexual e revelou que a vítima era inocente.
Ataque motivado por desinformação 6x5266
De acordo com a apuração policial, a mãe da menina de 9 anos espalhou a acusação sem qualquer prova, mobilizando vizinhos e familiares contra Elvis. A delegada Alessandra Azalim, responsável pelo caso, destacou que a criança ou por exames periciais e não apresentava indícios de abuso, apenas um arranhão no braço, que teria sido causado por um cachorro.
“Nem a própria mãe da menina confirmou que houve estupro, tampouco que Elvis tivesse qualquer envolvimento”, explicou a delegada.
Espancamento e prisões 576m3z
O catador de recicláveis, conhecido na região e sem histórico criminal, foi atacado violentamente enquanto se dirigia a um evento musical. Ele sofreu agressões com socos, chutes, pedradas e golpes com uma barra de ferro. Mesmo após ser socorrido, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
As investigações identificaram 13 suspeitos envolvidos no linchamento, incluindo três adolescentes. Entre os dez adultos, seis estão presos e quatro seguem foragidos. A mãe da criança, o noivo e o sogro dela foram detidos e indiciados por tortura.
Justiça pelas próprias mãos 3g2y41
A delegada Camila Miller, da Delegacia Especializada de Homicídios, reforçou que o caso evidencia os perigos de se agir por conta própria, sem recorrer às autoridades.
"Infelizmente, muitas pessoas participaram das agressões sem sequer saber o que de fato havia acontecido. A violência foi motivada por boatos infundados, e essa prática precisa ser combatida", alertou.
Família clama por justiça 2p5h6o
Parentes da vítima pedem punição exemplar aos responsáveis pelo crime. Maria Cecília da Silva, mãe de Elvis, descreveu o assassinato como uma atrocidade.
“Meu filho implorou pela vida, disse que não tinha feito nada, mas ninguém quis ouvir. Isso foi um ato monstruoso”, lamentou.
Aparecida Maria (prima), Maria Cecília (mãe) e Eduardo Sávio (irmão), respectivamente — Foto: Reprodução- Redes Sociais
O irmão da vítima, Eduardo Sávio, reforçou que Elvis era uma pessoa pacífica e querida na comunidade. “Ele foi torturado até a morte sem sequer ter direito à defesa. Esse crime não pode ficar impune”, disse.
O caso segue sob investigação, e a polícia busca localizar os suspeitos que ainda estão foragidos.
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