O Césio-137, presente em duas fontes supostamente furtadas da mineradora AMG, no Sul de Minas, é um elemento químico radioativo e que representa risco aos seres vivos, devido à alta emissão de radiação. O elemento, inclusive é o mesmo que causou um acidente com mortes em Goiânia, em 1987, e no país Europeu Sérvia, em 2010. Todavia, a quantidade da substância presente nos equipamentos da mineradora da MG são de baixo risco, já que as fontes que sumiram são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Elas, inclusive, têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente na capital de Goiás, como afirma a Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN). O elemento químico é comumente utilizado para realização de exames tomográficos, para terapias de tratamento de câncer, e para processos de esterelização na indústria.
Na AMG Brasil, as duas fontes seladas de Césio-137 eram utilizadas em equipamentos medidores de densidade de polpa, que analisam, por exemplo, a concentração de minérios e de rejeitos.¨Quando utilizadas em medidores de densidade de polpa, as fontes não apresentam riscos. No entanto, o manuseio inadequado por pessoas não autorizadas pode acarretar algum risco à saúde¨, informa a mineradora.A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) também apuram sobre o sumiço dos equipamentos. Técnicos que fazem parte da Comissão acompanham a investigação desde o dia seguinte ao desparecimento. Conforme a Comissão, as fontes, classificadas na categoria 3 , oferecem poucos riscos jáque também são confeccionadas em material cerâmico.
¨Não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a previnir exposições desnecessárias¨, afirmou o CNEN.