A crise na saúde pública da Zona da Mata tem se agravado devido à falta de anestesistas e outros especialistas nos hospitais Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, e Hospital São Salvador, em Além Paraíba. A situação, que já vinha se desenhando desde o ano ado, piorou após uma operação do Ministério Público, que resultou na prisão de quatro médicos acusados de fraude nas escalas de plantão. Com a ausência desses profissionais, muitos pacientes estão sendo transferidos para Cataguases, o que sobrecarrega a rede hospitalar da cidade.
De acordo com Márcio Machado, interventor da Casa de Caridade Leopoldinense e secretário municipal de Saúde, a falta de obstetras já era um problema desde outubro, mas a escassez de anestesistas se tornou ainda mais grave após as investigações. Ele afirma que esforços estão sendo feitos para contratar novos profissionais, com a expectativa de que o atendimento seja normalizado até março.
A ausência desses especialistas tem afetado diretamente os pacientes. A faxineira Flaviane Cristina Silva, que deu à luz há um mês, precisou ser transferida para Cataguases, pois a Casa de Caridade não contava com obstetra nem anestesista de plantão no momento de sua internação. Outro caso alarmante ocorreu no início de fevereiro, quando uma gestante de 32 anos recebeu atendimento inicial em Leopoldina, mas, devido à gravidade de seu quadro, foi encaminhada para o Hospital João Penido, em Juiz de Fora, onde acabou falecendo.
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A situação expõe a fragilidade do sistema de saúde na região, evidenciando a necessidade urgente de medidas para garantir a presença fixa de médicos nos hospitais afetados. Enquanto isso, os moradores seguem enfrentando dificuldades no o a atendimentos de urgência e emergência.
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