O Atlético enviou um ofício à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) na última quarta-feira, 29, solicitando a anulação do gol do Palmeiras no empate por 1 a 1, no Mineirão, no dia 28, que eliminou o time alvinegro nas semifinais da Copa Libertadores. Na documentação, o Galo anexou imagens da invasão do campo do atacante Deyverson, que estava na reserva, antes da conclusão da jogada que terminou com Dudu empurrando a bola para as redes. 6h4q4d
Primeiramente, o Atlético pede a instauração de Procedimento Disciplinar contra o Palmeiras, na forma do artigo 62, item 1, alínea “b”, do Código Disciplinar 2021 e a aplicação de sanção ao clube paulista, na forma do artigo 7, item 3, alínea T do mesmo regramento, para (i) anular o gol marcado por Dudu e determinar o resultado da partida em 1 x 0 para o Atlético.
Caso contrário, o clube alvinegro pede que seja determinada a repetição da partida, na forma do artigo 7, item 3, alínea “k”, do Código Disciplinar.
“A teor da regra 3.9 do Laws of the Game 21/22 da International Football Association Board, se, apos a marcação de um gol o arbitro perceber que um jogador substituto da equipe que o marcou se encontrava dentro do campo naquele momento, o arbitro deve invalida-lo e reiniciar o logo com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra estava”, escreveu o Atlético para a Conmebol no ofício enviado.
O clube alvinegro citou a súmula do árbitro Wilmar Roldán para afirmar que o colombiano viu a invasão de campo de Deyverson antes do reinício da partida, já que aplicou o cartão amarelo para o atacante palmeirense.
“Merece realce que a presença do atleta substituto Deyverson Brum Silva Acosta dentro do campo foi percebida pelo árbitro da partida após a marcação do gol e antes de o jogo ser reiniciado, conforme se extrai da Súmula da Partida. Tanto e assim que o referido atleta foi apenado com cartão amarelo justamente pela invasão ao campo, o que desvela a aplicação incorreta das regras do logo, especialmente aquela prevista no item 3.9 do Laws of the Game 21/22 da International Football Association Board”, informou o Atlético.
“Nesse sentido, eleva-se que não se está diante de má interpretação dos fatos, mas, em verdade, de erro de direito flagrante e inescusável, que teve como consequência a assinalação de gol notoriamente invalido, o qual deu o indevido ao Palmeiras a final da Copa CONMEBOL Libertadores 2021”, acrescentou o clube alvinegro.
VAR não analisou invasão de campo
A Conmebol divulgou, na quarta-feira (29), o áudio do VAR na hora do lance que confirmou o gol legal. A revisão do árbitro de vídeo não viu irregularidades e somente sugeriu cartão amarelo para o atacante palmeirense que aquecia na lateral do campo do Mineirão e entrou no gramado para comemorar.
"Pode advertir o jogador que está aquecendo, que comemorou o gol", diz um dos assistentes após flagrar a invasão. O VAR pergunta quem foi e ao ouvir que é o 9 do Palmeiras avaliza o lance e depois confirma o gol. "Gol legal, Wilmar", foi a conclusão do lance.
O VAR, porém, avaliou toda a jogada. No lançamento, o assistente disse que Gabriel Veron estava habilitado, ou seja, em condições Já o VAR diz que é "possível fora de jogo". Rapidamente, vem a análise. A seguir, garante a posição normal e Wilmar Roldan diz que vai confirmar o gol.
Antes do veredicto final, porém, o VAR ainda revisa para ver se não existiu falta em Nathan Silva. O lance é declarado limpo. Neste momento, Roldan recebe a recomendação para dar amarelo para Deyverson após invasão de campo. E nada mais.
Confiante que não fez nada de errado que pudesse mudar o resultado da partida, Deyverson até ironizou nas redes. "Falem o que quiser. Estamos na final. Querem procurar algo para não falarem da nossa conquista né!?, postou.